«A fragilidade das ciências ditas humanas deve-se talvez a isto: são ciências da imprevisão (…) o que imediatamente altera a ideia de ciência: a própria ciência do desejo, a psicanálise, não deixará de morrer um dia, ainda que muito se lhe deva, assim como Teologia ; e isto porque o desejo é mais forte do que a sua interpretação ».
in LIÇÃO de Roland Barthes, Lisboa, edições 70,1979, (página 28).
in LIÇÃO de Roland Barthes, Lisboa, edições 70,1979, (página 28).
Para além deste ser um livrinho de cinquenta e três páginas, traduzido do original, Leçon , por Ana Mafalda Leite e comprado ( ingenuamente) em 1982, só agora em 2009 lhe encontro um “sítio” na minha mesinha de cabeceira. Viagens… às vezes chegamos tardiamente ao “lar”, mas chegamos com toda a poeira que pelos caminhos se foi transformando em uma segunda pele, emprestada, mas que devemos mostrar…
A proposta de construir um presépio com palavras é um desejo antigo que, só este ano, pudemos realizar com a ajuda de vários alunos e colegas. Foi bom!
Aparentemente muito simples…trata-se de um cuidado permanente pelos Três Reis do Oriente de Sophia de Mello Breyner Andresen, “exemplar” conto no sentido do livro em que se encontra Contos Exemplares, como exemplar foi (e é) a sua presença entre nós. A “geração das velozes, vertiginosas imagens” têm muito que ganhar com a aprendizagem da Imagem sagrada a que sempre se foi referindo a escritora.
Hoje, vinte anos passados, deixamo-vos com o desejo de uma
“ (…) alegria, a alegria una, sem falha, o vestido sem costura da alegria, a substância imortal da alegria.(…)” in Contos Exemplares Exemplares, Porto, ed. Figueirinhas, 1997
_ Dona Sophia, muito obrigada por nos ter ensinado o caminho desta estrela…
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