18 dezembro 2008

Oficina de Escrita com o escritor Paulo Teixeira




No âmbito da candidatura ao Programa Artes na Escola, promovido pela D.G.I.D.C., e solicitada pelo grupo de Português de há três anos a esta parte, em treze de Novembro beneficiámos da terceira Oficina de Escrita, a cargo do escritor Paulo Teixeira, com quem temos tido a grande satisfação de nos encontrar na Escola Secundária D. Sancho II.
Os grupos são de quinze a vinte participantes, voluntários, alunos que querem desenvolver competências na compreensão e expressão escrita, recreativa, livre, sob um trabalho “vigilante” e muito dinâmico de alguém que conhece as regras e o método do complexo ofício da escrita.
É pois com muita satisfação e “ estranhamento” que depois de escassos oitenta minutos entramos na sala de “oficina” e ouvimos a leitura de textos produzidos pelos alunos, depois de muita reescrita, e uma “cercada” orientação de Paulo Teixeira, cuja visita esperamos, em continuidade de trabalho, para mais duas sessões ao longo deste ano lectivo, se várias circunstâncias no-lo permitirem a ambos.
Parabéns aos participantes…ficámos como observadores…


E gostámos!

17 dezembro 2008

02 dezembro 2008

Manoel de Oliveira

No âmbito das actividades levadas a cabo para assinalar o centésimo aniversário do mais famoso realizador de cinema português, a BE convida os alunos dos cursos de Educação e Formação de Adultos a visitarem este serviço disponível em horário nocturno.

Acompanhados pelos formadores de Cultura, Língua e Comunicação, os formandos deverão ler/ouvir/interagir com os vários tipos de texto e imagens sobre este cineasta para redigirem um pequeno comentário que deverá ser publicado aqui no blogue na rubrica "mensagem".

O desafio está lançado… agora, a equipa da BE deseja-vos boas leituras e comentários.
Dois momentos distintos desta actividade:



14 novembro 2008

5º CAMPEONATO NACIONAL DE JOGOS MATEMÁTICOS

O departamento de Matemática gostaria de relembrar todos os alunos que este ano decorre o 5º Campeonato Nacional de Jogos Matemáticos - CNJM5 - cuja final se irá realizar a 13 de Março de 2009 na Universidade da Beira-Interior da Covilhã.
Podem treinar na biblioteca onde se encontram disponiveis alguns tabuleiros de jogos: Hex, Rastros e Avanço.



Qualquer informação sobre estes jogos pode ser obtida no site http://ludicum.org/ onde também podem jogar online.

Os alunos interessados em participar devem inscrever-se junto do seu professor de Matemática, na biblioteca ou enviando um e-mail com os seus dados para matsancho@gmail.com.

Em Janeiro terá lugar a 1ª fase do campeonato a nível de escola para seleccionar os alunos que irão representar a nossa escola na final.

Professoras Vanda Ortega e Graça Silva

13 novembro 2008

Livro do mês: "Livro de Crónicas" de António Lobo Antunes




ANTÓNIO LOBO ANTUNES

António Lobo Antunes nasceu em Lisboa, em 1942. Estudou na Faculdade de Medicina de Lisboa e especializou-se em Psiquiatria. Exerceu, durante vários anos, a profissão de médico psiquiatra. Em 1970 foi mobilizado para o serviço militar. Embarcou para Angola no ano seguinte, tendo regressado em 1973.
Em 1979 publicou os seus primeiros livros, MEMÓRIA DE ELEFANTE e OS CUS DE JUDAS, seguindo-se, em 1980, CONHECIMENTO DO INFERNO. Estes primeiros livros são marcadamente biográficos, e estão muito ligados ao contexto da guerra colonial; transformaram-no imediatamente num dos autores contemporâneos mais lidos e discutidos, no âmbito nacional e internacional.

Todo o seu trabalho literário, com o passar dos anos, tem sido utilizado para os mais diversos estudos, académicos, e de vários prémios, nacionais, por exemplo, por duas vezes, o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa, e internacionais; entre estes, destacam-se o Prémio Europeu de Literatura (Áustria), o Prémio Ovídio (Roménia), o Prémio Internacional de Literatura da União Latina (Roma), o Prémio Rosalía de Castro (Galiza), o Prémio Jerusalém de Literatura, o Prémio Iberoamericano das Letras José Donoso e o Prémio Camões.



Livro de Crónicas
As crónicas de António Lobo Antunes surgiram nos anos 90 no jornal Público e podem ser lidas na revista Visão sendo, ainda quinzenais; o seu êxito é enorme. São também publicadas em Espanha, no diário El País. Os dois anteriores livros de crónicas foram traduzidos em vários países. Os seus múltiplos registos, a diversidade das pequenas histórias contadas, o virtuosismo, a arte de levar o leitor do sorriso à emoção extrema, fazem, por um lado, com que estas crónicas se leiam com uma enorme facilidade e, por outro, que sejam um tema muito curioso para um exercício: ver até que ponto se distanciam, e, por vezes, se aproximam, dos livros. Lobo Antunes tem uma escrita densa. O leitor tem algum esforço de leitura porque, por exemplo, não é raro haver mudanças de narrador e assim o leitor tem tendência a "perder o fio à meada". É um autor que opta por uma escrita que não é fácil (ou facilitista) mas com uma diversidade linguística notável e de grande valor literário.
José Oliveira

12 novembro 2008

José Miguel de Oliveira, professor de filosofia nesta escola, foi premiado em concurso nacional de Poesia



“Na IX edição do Concurso de Poesia Agostinho Gomes, Cristina Isabel de Sousa e Castro, natural do Bombarral, foi a vencedora, com o poema “Requiem por António”. O júri premiou ainda José Miguel de Oliveira natural de Vila Nova de Famalicão, com o poema “Queria de ti um país como aquele que viveu Cesariny” e José Manuel Batista, natural de Alvaiázere, com o poema “Prelúdio”.O prémio Revelação juvenil foi atribuído a Inês Pinto Seixas, de Braga, autora do poema “A ponte da guerra”.Os prémios foram entregues no dia 24 de Outubro numa cerimónia na Biblioteca Municipal Ferreira de Castro (Oliveira de Azeméis), que incluiu o espectáculo «Diz-se poesia» (stand up poetry) com Andreia Macedo”.
Na cerimónia da entrega do prémio José Miguel de Oliveira foi anunciado como sendo natural de Elvas, dado que se encontra a residir nesta cidade e a leccionar na nossa escola secundária.
Aqui deixamos o poema premiado:

"Eu queria de ti um país"
queria de ti um país
como aquele em que viveu Cesariny.

Não fui ainda capaz de te dizer,
sabes:
You are Welcome to Elsinore.

Para fazer de ti um país
atravessaria os muros habitados da fronteira
rasgava as cartas de marear culpadas de naufragar
e partia outra vez numa casca de noz rumo ao Oriente.

Eu queria de ti um país
E escutar silêncio na onda do teu sopro,
ao meu ouvido encantava apenas ouvir-te respirar,
para comprovares a verdade anatómica dos meus músculos
seria marinheiro sem saber nadar
morreria afogado na corrente dos teus olhos
pela luz que me deste a estes versos
com o músculo liso do coração aos tropeços.

Não fui capaz de te dizer que vi em ti o meu país,
Pequeno,
do tamanho do meu quarto.

Nos teus lábios os meus nasceriam certamente
como as flores que nascem em Maio
geograficamente inclinadas para a nascente.

Por isso vem visitar-me
outro dia, outra noite:
You are always welcome to Elsinore

Farei dos versos um país com casas, caminhos, pontes
e de ti uma caixa de ressonância para o meu canto do cisne,
Agora.
Porque a morte pode não me querer esperar e eu quero um país para morrer.

10 bons motivos para ler

O painel exposto na sala de leitura informal apresenta dez bons motivos para ler sugeridos por alunos da nossa escola e ainda te oferece um marcador de livros.

Sim, o painel é que to oferece. Vem buscar o teu!

Quero uma "mão-cheia" de palavras para...


ACTOS ILOCUTÓRIOS






Afirmar? Concordar?

Perguntar? Pedir?

Ordenar? Prometer?


A Árvore dos Desejos apresenta um móbil para enriqueceres o teu vocabulário.

05 novembro 2008

Memorial do Convento


Leitura expressiva



A equipa da BE dinamizou mais uma actividade de promoção da leitura e apoio ao currículo de Português na biblioteca.

Vários membros da equipa prepararam a leitura expressiva de excertos da obra Memorial do Convento e convidaram a turma de Artes do 12º ano para participarem e interagirem nesta leitura.

Decorreu na biblioteca na sexta-feira, 31 de Outubro, pelas 11.30 horas.








08 outubro 2008

Livro do Mês: Ao Encontro de Espinosa



Este ano lectivo o GRUPO DE FILOSOFIA em parceria com a equipa da BE apresenta a rubrica LIVRO DO MÊS.





ANTÓNIO DAMÁSIO



Nasceu em Lisboa em 1944. Estudou medicina na Universidade de Lisboa e, em 1974, doutorou-se em neurologia. Encontra-se radicado nos EUA desde 1975. Actualmente é director do departamento de neurologia do comportamento e neurociência cognitiva e do centro de investigação da doença de Alzheimer na universidade de Iowa.

O seu trabalho resulta da perplexidade que o comportamento de alguns dos seus pacientes lhe provoca; desenterra os dados relativos a um individuo, Phineas Gage, descrito por Harlow no séc. XIX, e vítima de uma lesão cerebral interessante. Este indivíduo não mostrava alteração das suas competências cognitivas.
No entanto, após o acidente, o seu comportamento alterou-se. Passou a ser irresponsável, incapaz de tomar decisões, de avaliar em termos de bem e de mal, de se relacionar com os outros, de ter sentimentos, perdeu, no fundo, a sua identidade. Damásio e a sua esposa, Hanna, reconstituíram a trajectória do ferro, recorrendo a uma tecnologia inovadora no campo da imagiologia médica. Identificaram as zonas que tinham sido lesadas e concluíram que a alteração do comportamento de Gage significava que o comportamento social requeria uma região cerebral específica. Em 1994 publica o Erro de Descartes, onde apresenta a ideia de que as emoções e os sentimentos são importantes na tomada racional de decisões. Aprofunda esta ideia, retirando dela novas e revolucionárias implicações, noutras duas obras O Sentimento de si (1999) e Ao Encontro de Espinosa (2002).









AO ENCONTRO DE ESPINOSA


Nesta obra Damásio procura sustentar, recorrendo às neurociências, a ideia de que a mente e o corpo são manifestações da mesma substância. Esta tese já havia sido defendida, no séc. XVII, por Espinosa. Segundo Espinosa a mente humana é a ideia de corpo humano.

Segundo Damásio, a evolução preparou-nos com um repertório de emoções que utilizamos conforme as circunstâncias. As emoções são um meio de avaliarmos o ambiente e de reagirmos de forma adaptativa.

O efeito da emoção é, simultaneamente, um comportamento corporal e um mapa neuronal. A relação entre mapas neuronais e sentimentos é a de que os sentimentos reflectem até que ponto o corpo está a comportar-se adequadamente, tendo em conta o mapa. Os sentimentos permitem-nos que raciocinemos sobre a causa da emoção. Enquanto as emoções se desenrolam no corpo, os sentimentos desenrolam-se no teatro da mente.


Ana Paula Ferreira

13 fevereiro 2008

110 anos do nascimento de Brecht



Esta exposição pretende, de forma não exaustiva e sem muitas pretensões, falar um pouco deste homem do século XX que foi Bertolt Brecht. O tempo em que Brecht viveu foi um tempo de grandes conflitos e também de luta ideológica. Todo o trabalho de Brecht (o teatro, a poesia, o ensaio...) tem um claro cariz político e serve um desejo de mudança social (marxismo) a que sempre foi fiel. Por questões políticas, aliás, Brecht foi forçado a fugir por diversas vezes.
A exposição está dividida em dois grandes blocos, no primeiro aborda-se a importância e o significado da obra do autor; no segundo, a sua vida profissional e familiar.
No plano horizontal, poder-se-ão ler três poemas seus, cada um com a sua cor, distribuídos pelas mesas da biblioteca.
Da exposição consta igualmente um conjunto de livros amavelmente emprestado pela Biblioteca Municipal de Elvas.
Paralelamente à exposição, durante os intervalos a rádio da escola emitirá músicas com poemas seus.
Ocasionalmente a exposição terá como som de fundo o programa Além Tempo, da autoria de Luis Ramos, que foi para o ar recentemente na Antena 2 da RDP.
Colaboraram nesta exposição a professora Paula Monteiro e os alunos: Fábio Neves, José Sinfrónio, Mafalda Martinho, Miguel Lagarto e Rute Palma (12º A); Clemente Pinto, Francisco Paiva e Tiago Marujo (12º C), Denis Strach (10ºJ).

cartaz de uma encenação turca da Ópera de três vinténs

Bertolt Brecht um "clássico" que continua a "fazer-nos pensar"

A actriz Alina Vaz, que integrou o primeiro elenco que interpretou Bertolt Brecht em Portugal, há 30 anos, considera que meio século depois da morte daquele dramaturgo alemão, as suas peças continuam "actuais" e "a fazer-nos pensar".
Para o encenador Jorge Silva Melo, que já levou à cena quatro peças do dramaturgo, Brecht "não só é "actual" como o seu contributo "é determinante para o panorama teatral contemporâneo".

Agência LUSA2006-08-11 10:15:02

23 janeiro 2008

O Livro do Mês / A BÍBLIA


Diz-se Bíblia e está-se dizendo O Livro pois esta palavra nos chegou dos gregos por biblíon. E assim Biblioteca, Bibliografia ou Bibliófilo. No Ocidente, a Bíblia significa O Livro por excelência, profusamente manuscrito e iluminado na Idade Média e o primeiro a sair da impressora de Gutenberg em 1455. Todos os cristãos a reconhecem como Escritura Sagrada, o que a faz transcender para lá dos homens e na alçada directa da inspiração divina.
Para os judeus a Bíblia chama-se Torah e compreende, grosso modo, o Antigo Testamento dos cristãos, o qual se compõe de 46 livros: o Pentateuco que logo pelo nome significa os 5 primeiros textos que vão do Génesis ao Deuteronómio e que, somados aos 16 que de Josué chegam aos Macabeus, perfazem os chamados Livros Históricos; seguem-se os 7 Livros Sapienciais de Job ao Eclesiástico e, finalmente os 18 dos Profetas como o são Isaías, Jeremias, Ezequiel, etc. Os cristãos incluem na Bíblia também o Novo Testamento em 27 livros, tomados como palavra e narrativa do magistério de Cristo: 4 Evangelhos ou Boa Nova, o livro dos Actos dos Apóstolos, as 21 Cartas e o Apocalipse que quer dizer Revelação. Diga-se ainda que apenas dois dos Evangelhos ─ o de Mateus e o de João ─ pertencem a discípulos directos de Jesus Cristo, sendo que a três desses quatro livros se chamam de sinópticos, palavra que a etimologia os faz assemelhar pelo seu idêntico ponto de vista ou óptica narrativa. Já o Evangelho de S.João, “o discípulo amado”, adopta uma perspectiva mais simbólica e espiritual.
Como os judeus não aceitam Jesus Cristo, o Nazareno, como o seu Messias, obviamente não reconhecem o Novo Testamento. Diga-se que no Corão islâmico Jesus é tomado como um dos profetas maiores, só suplantado pela palavra de Maomé.

***
Se a Bíblia fosse apenas um livro com a História do povo judeu, teria a importância relativa que qualquer livro de História tem. Todavia, bem mais que isso, o Judaísmo e o Cristianismo caldearam-se em sínteses religiosas, filosóficas e culturais com o antigo pensamento greco-latino, formando-se por eles toda a rica civilização europeia e, a Europa é como sabemos, a mãe das Américas ainda que também seja, talvez, a madrasta de África. Seja como for, o Ocidente por inteiro não se entende sem a Bíblia.
Outro aspecto decisivo que importa é que a leitura e interpretação deste magno Livro, continua hoje a repetir-se criativa e diariamente em todo o mundo dentro do contexto das intervenções litúrgicas cristãs e judaicas. Todos os dias a Bíblia é lida e meditada. Todos os dias é fonte de vida e manancial para o espírito de milhões de pessoas.
A Bíblia é mesmo tomada como a própria Palavra de Deus, o Criador fala-nos por ela explicitamente como de forma implícita o faz pela Criação. Há mesmo milhares de livros de teólogos, filósofos ou simples crentes aprofundando muitos dos seus textos ou uma só frase, ou até mesmo uma única palavra, como é o caso do Zohar judaico ou da Cabala, incluindo a Cabala cristã.
A Bíblia é pois um rio imenso, um caudal largo que dá e recebe muitos cursos da água espiritual entre os homens. Onde vai dar este rio? Não o sabemos, mas os que lêem e meditam este Livro crêem que um dia desembocará na foz da História humana e no mar infinito de Deus.

11 janeiro 2008

Em construção

Mensagem experimental para testar a apresentação do blogue.