17 fevereiro 2009

S. VALENTIM

Cupido e Valentinus costumam deixar-se entrever, por esta época, entre as linhas dos que os foram cultivando…E outros, já primaveris, que se dizem enamorados…
O resultado é fabuloso, porque os “contrairos” se juntam Amor é fogo que arde sem se ver!
Mas não há segredos, tudo já estava escrito: durante uma semana revelaram-se algumas dessas memórias que são também promessas.
Como?
Com dificuldade seleccionámos 14 (catorze) livros de alguma forma singulares e apropriados também. Como sugestão marcámos um poema de cada um destes catorze “exemplares”, como inspiração para as cartas de amor da semana de 14 de Fevereiro. Natália Correia foi uma das autoras, com uma das suas releituras das “meninas” Cantigas de amigo. Na Antologia de Poesia Erótica e Satírica, 5ª edição de Antígona/frenesi, de Outubro de 2008. Procurámos as Antologias pela vertente didáctica desta estrutura, como “101 POETAS”, organização de Inês Pupo, pela Caminho e Quinze Poetas Portugueses do século xx, seleccionados por Gastão Cruz para Assírio & Alvim. Ficaram também Camões, Florbela Espanca, David Mourão-Ferreira, num belo soneto que em 1983 “cativou” o próprio autor e Vasco Graça Moura (em posfácio), na D. Quixote. Ficaram ainda pela mesa Ary dos Santos e jovens publicações, como Primeira Palavra de (um colega na escola) José Luís Miguel Oliveira. Recordámos com Álvaro de Campos que “(…) As cartas de amor, se há amor,/ Têm de ser/Ridículas.(…)”.
E foram ficando na memória deliciada As Palavras no Centro Vazio de António Ramos Rosa, nome claro de “ construtor que aspira a uma comunidade fraterna e solidária”. Lendo, foi anoitecendo, e Vénus apareceu…

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